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A questão da pergunta em educação

Publicado porCleonilton Souza29/07/201918/06/2020Publicado emArtigosTags:Dialética, Diálogo, Educação, Práxis
Imagem a questão da pergunta em educação
O entrevistador fez uma pergunta de impacto, decisiva para o encaminhamento da discussão polêmica, mas o entrevistado não conseguiu responder à altura das expectativas do mediador.

A partir daquele momento, a entrevista passou da discussão construtiva para um conjunto de trocas de opiniões desconexas, deixando o público perdido.

Esta situação não ocorre somente nos programas televisivos. Acontece com muita frequência em sala de aula, quando o professor elabora perguntas para atendimento das próprias expectativas filosóficas e esquece de perguntar para promover aprendizagens para quem a pergunta feita.

Perguntar é uma técnica que o professor necessita se apropriar. A gente aprende a perguntar estudando as teorias das comunicações oral e escrita, vivenciando as teorias e avaliando nosso nível de elaborar questionamentos. 

Estas três dimensões são desenvolvidas demanda tempo

E com o tempo a gente vai descobrindo que fez uma pergunta inadequada, errou na formulação da assertiva ou foi preconceituoso ao perguntar e, assim, vai criando a própria jornada como educador que se sustenta por meio de uma pedagogia da pergunta.

Por falar em vivências, vamos trazer para vocês algumas ideias fruto de nosso itinerário como educador. Mas lembre-se de que as experiências são únicas e precisam ser vividas e vívidas. Pratique bastante, portanto.

Por uma pedagogia da pergunta

Nas atividades por meio de questionamentos a gente percebe que, quando usamos o recurso de fazer pergunta retórica, o educando pode ficar confuso e não entender para quem a pergunta está sendo feita, se para o próprio educador refletir ou para a turma responder. É interessante deixar explícito em nossa entonação de voz e em nosso gestual para quem se destina o que foi perguntado.

A gente pode causar incômodo no educando quando nomeamos alguém como única pessoa a responder uma pergunta, mesmo quando elogiamos esse alguém, achando que a pessoa poderá responder sem muitos tropeços. É necessário conhecer bem os alunos para fazer direcionamentos de perguntas.
 
Outra situação corriqueira é quando a gente cria um contexto muito extenso para depois formular a pergunta. Este é outro fator que distrai a turma sobre o que se está falando e dificulta o retorno de respostas pertinentes.

 

Os educandos não têm bola de cristal para responder de forma precisa o que o educador tem como expectativa de resposta. Por isto não devemos esperar respostas fiéis ao nosso vocabulário acadêmico ou retornos exatos de conteúdos estudados. As respostas “certas” ou “erradas” servem de sinais sobre o nível de aprendizagem dos educandos. 

 

Quando for necessário, forneça as respostas que naquele momento são adequadas ao contexto histórico. É bom frisar que os conhecimentos são contextuais. Na época de Platão ainda não se estudava Física Quântica, por exemplo.

 

Uma pedagogia mediada por perguntas não é uma plataforma de perguntas e resposta automáticas, mas sim um processo de conversação, em que a discussão acontece de forma dialética, por meio de afirmações, negações e contradições. As conversações são sempre dinâmicas e se sobrepõem a um movimento 100% formalizado pela lógica.

 

Desta forma podemos aproveitar toda e qualquer resposta como um insumo para o processo de avaliação do nível de aprendizagem da turma. Quando há muitas respostas inadequadas, pode ser sinal de que o processo de ensino precisa ser melhorado.

 

Precisamos trabalhar nossas emoções para não culpar e discriminar os educandos que não conseguem responder de acordo com o conhecimento sistematizado. Quando o aluno não consegue responder de acordo com o conhecimento construído pela humanidade, cabe a nós educadores ensinar, dialogar, criticar de forma a não deixar o educando com a estima baixa.

É necessário aprender a fazer perguntas, por isto é preciso criar perguntas prévias, planejar, mesmo que não utilizemos as mesmas questões no momento de interação com a turma.

É bom articular as perguntas para que elas tenham coerência entre si e não despejarmos nos educandos um conjunto desconexo de questões que só os deixam confusos. Clareza, coesão, coerência e objetividade caminham juntas.
 
Quando os educandos não conhecem os conteúdos, é necessário fornecer material para leitura prévia. Isto facilita as discussões.

Durante a conversação é necessário dar oportunidade para os educandos formularem perguntas também. Assim eles aprendem, desde de cedo, a ocuparem os espaços de conversação, sejam nos encontros face a face, sejam nos encontros mediados por tecnologias da informação e comunicação.

Lembremos de Caetano Veloso: “organizar o movimento”. Na sala de aula ou no ambiente WEB, as coisas nem sempre vão acontecer da mesma maneira como planejamos, mas perceberemos durante a realização do evento como ajuda para alcançar os objetivos de ensino-aprendizagem.

Aqui estão algumas aprendizagens fruto das experiências vívidas e vividas nos ambientes de ensino-aprendizagem permeados pelas ideias de uma pedagogia da pergunta.



Até a próxima!

 

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