Mulheres negras na comunicação na Bahia

Mulheres negras na comunicação na Bahia

Visitei o Instituto Reparação em julho de 2022 e fui recebido por Rita Lobo, presidenta da Instituição. O Reparação é localizado na praça da Sé, Salvador, Bahia, em frente da estátua de Zumbi dos Palmares, situação mais que pertinente.

O Instituto é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que trabalha com ações culturais, políticas, comunicativas e educacionais com o intuito de promover a dignidade humana e preparar pessoas para combater as desigualdades oriundas do racismo.

Eu já acompanhava as publicações do Reparação nas mídias sociais e, confesso, que fiquei surpreso e feliz em conhecer a professora Rita Lobo, que atua intensamente na condução das ações culturais promovidas pelo Instituto. Foi em uma dessas conversas que Rita me convidou para conhecer a sede do Reparação: um momento ímpar. Veja a foto no quadro abaixo.

Mural do Instituto Reparação

Mas voltemos às ações culturais do Reparação. É em julho que se celebra e se discute a presença da mulher negra na sociedade. Especialmente pelo 25 de julho, que é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. E o Instituto Reparação não deixa o 25 de julho por menos e celebra a data de maneira muito refinada desde 2020 por meio de interação em mídias digitais. A ação cultural e educacional acontece por transmissão on-line, em um conjunto de entrevistas denominado de “Live-aula”. O conjunto de lives-aulas de 2022 trouxe como tema-provocação Quem se vê na TV?, uma ação para discutir a presença das mulheres negras na área de comunicação no mercado baiano. Na terceira edição das lives-aulas, as mulheres negras entrevistadas foram Lívia Calmon, Camila França, Tarcila Alvarindo, Cristiele França, Dina Lopes, Luana Aziz, Lorena Alves e Wanda Chase, que foram entrevistadas por Ailton Ferreira, sociólogo, educador e coordenador técnico do Instituto Reparação. Em 2022, a bandeira do Instituto foi: julho como o mês das pretas da comunicação, uma discussão mais que pertinente.

Ailton Ferreira instiga, pergunta e deixa as entrevistadas se pronunciarem, um bate-papo gostoso sobre o feminismo negro, a profissional negra nos meios de comunicação, a história e as relações culturais e raciais na Bahia. Nas lives, muita coisa para aprender sobre a visibilidade dos negros nos sistemas de comunicação e um estímulo para que as meninas e os meninos negros vislumbrem novos mundos possíveis de convivência dentro da sociedade brasileira.

O leitor está curioso para saber o que essas mulheres negras falaram nas entrevistas? Melhor será conhecê-las por elas próprias. Clique em um dos links no quadro abaixo e acesse as conversações. Como diziam os poetas baianos: “A leitura é toda sua”*.

No mais, saí renovado das entrevistas. Quanta coisa eu não sabia! Quanta coisa para aprender!

Até a próxima!

* trecho do verso da música Alegria da cidade, de Jorge Portugal e Lazzo Matumbi.


Sobre o evento
O que é? Quem se ver na TV?
Quem apresentou? Ailton Ferreira
Quando foi? Julho e agosto de 2022
Quem organizou? Instituto Reparação
Quem foram as entrevistadas? 

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Publicado por Cleonilton Souza

Educador nas áreas de educação, tecnologias e linguagens.