
Tempos de férias são momentos para se mudar a rotina, certo? Ora, nem sempre isto acontece, principalmente quando a pessoa tem como rotina a prática da leitura.
E foi o que aconteceu comigo, quando resolvi viajar de férias e mudar a rotina.
Parei tudo e separei uns livros para levar comigo e assim modificar o dia a dia fazendo outras atividades. O certo é que a leitura para mim acontece tanto no trabalho quanto no lazer.
No planejamento das atividades de lazer reservei um tempinho do descanso para me deleitar com alguns livros que estavam abandonados na estante me esperando fazia tempos.
Como o assunto de 2023 foi sobre essa tal de inteligência artificial, que de novidade não tem muita coisa, as primeiras leituras foram os livros Ética na inteligência artificial, de Mark Coeckelbergh, e Inteligência Artificial e educação: refletindo sobre os desafios contemporâneos, organizado pela pesquisadora Lynn Alves. São duas leituras interessantes, mas pecam por utilizarem um robô (a metonímia da inteligência artificial generativa) para a feitura dos prefácios, um momento ímpar em que seria possível polemizar e politizar os usos da inteligência artificial na vida cotidiana logo de início serviu para simplesmente apresentar das destrezas do ser maquínico. Como faz falta o debate sobre a técnica a partir de pensadores como Álvaro Vieira Pinto, Vilém Flusser, Laymert Santos e Arlindo Machado! Ora, ora, isto é assunto para outra postagem!
Concomitante a estas leituras, revisitei o pensamento de Antonio Candido por meio de um livro que estava amarelando no fundo da prateleira: Iniciação à literatura brasileira, um primor de leitura.
Há também outro livro me esperando: Os gêneros do discurso, de Mikhail Bakhtin: oh, vida, oh, dó… Pelo menos a leitura já está encaminhada e falta pouco para o término. O texto é essencial para quem deseja estudar linguagem neste início de milênio.
Enquanto escrevo esta postagem, alguns livros estão ali escondidos a me esperar: Tornar-se negro, de Neusa Santos; Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação, de Walter Benjamin; Alienígenas em sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação, organização de Tomaz Tadeu da Silva; Inteligência artificial a nosso favor: como manter o controle sobre a tecnologia, de Stuart Russel. Ufa, haja pluralidade!
Outros livros estão me espreitando, e alguns alegam que eu não sou um leitor justo, pois vivo furando filas e mais filas de leitura
O que percebo é que não é possível dissociar leitura de prazer e leitura de trabalho, pois ler é algo maravilhoso nesta confusão misto de prazer e trabalho é que meu coração vai-se partindo a cada dia mergulhado nesta maravilhosa experiência de leituras tão plurais.
Até a próxima!
Licença Creative Commons
Leia+
Descubra mais sobre Canal EPraxe
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
