EPraxe – 500 publicações

EPraxe - Cultura & Cotidiano
EPraxe – Cultura & Cotidiano

Chegamos à postagem número 500 e isto é fruto de uma longa jornada de escrita iniciada em 2006. De 2006 a 2017 publicamos pouco mais de 60 postagens. Naquele período o EPraxe se chamava Senso Comum e estava localizado em uma plataforma de hospedagem gratuita. As publicações eram muito distantes umas das outras, e houve ano de não haver publicações.

A partir de 2017, o Senso Comum passou a se chamar EPraxe e mudou a forma de publicar. A periodicidade de publicações passou a ser semanal, com três textos autorais e um texto de reflexão, fruto das leituras realizadas a fundamentação da escrita no blog. 
Em 2020 com a entrada de Cleonilton Souza no doutorado em educação, O EPraxe passou a ter dois registros de reflexão e dois registros autorais, pois era um momento difícil de conciliar escrita para blog e escrita para pesquisa. Aos poucos estamos voltando a ter mais publicações autorais. Não que os textos de reflexão prejudiquem a linha editorial do blog, mas a necessidade de construção de escrita própria fala mais alto em relação aos propósitos de criação do EPraxe.
O propósito do EPraxe é discutir questões ligadas à educação, cultura, linguagens, tecnologias e artes, por meio da publicação semanal de artigos, resenhas e crônicas do cotidiano.
A vida continua e vamos nos organizar em busca de mais 500 publicações: haja trabalho para o futuro!

Para comemorar os 500 registros, escolhemos algumas postagens, para que o leitor conheça um pouco mais a história de escrita do EPraxe. Aproveitem!


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Os textos de cabeceira nas pesquisas em educação

Os textos de cabeceira nas pesquisas em educação
Os textos de cabeceira nas pesquisas em educação

O doutorado foi um prazeroso processo de formação como pesquisador e é preciso compartilhar com os internautas as leituras que considerei fundamentais para o processo de formação.


Listo abaixo alguns dos textos que contribuíram para a construção da pesquisa e que serviram, e muito, para a minha vida na totalidade.

A importância do ato de ler, em A importância do ato de ler em três artigos que se completam, p. 19-31 - Paulo Freire
Se temos pouca proximidade com a leitura, o processo da pesquisa se torna um martírio. É bom lembrar que leitura não é aquele ato de memorização que às vezes a gente se acostuma a fazer durante a educação básica, é preciso ir além, e Freire discute muito bem o assunto.

O ato de estudar, em A importância do ato de ler em três artigos que se completam, p. 72-76 - Paulo Freire
No mesmo livro, é possível ler um texto curto e grandioso: pequeno no tamanho, mas grandioso na reflexão sobre como o ato de estudar pode nos ajudar a construir nossa identidade como pesquisadores.

Dialogicidade, em À sombra desta mangueira, p. 74-82, Paulo Freire
Freire aqui não só discute a questão da dialogicidade na educação, como também aborda o tema da curiosidade epistemológica, uma forma mais organizada de a gente atuar tanto em educação quanto em atos de pesquisa.

Um objeto geográfico?, em A natureza do espaço, p. 72-79, Milton Santos
Aqui, Milton Santos discute de maneira sistemática e dialética o que seja pesquisar em Geografia. Fique tranquilo, leitor, a discussão é aberta e ajudará aprendizes de pesquisadores de outras áreas também.

Abordagem Multirreferencial (plural) das situações formativas, Jacques Ardoino, em Multirreferencialidade nas ciências da educação, p. 24-41, org. Joaquim Gonçalves Barbosa
Conheci os fundamentos da Multirreferencialidade por volta de 1999 e ainda hoje sou um aprendiz da ação de leitura plural no ambiente da pesquisa. O texto é um tesouro.

Sobre o artesanato intelectual, p. 21-58, Charles Wright Mills. De forma bem simples, aborda o construto da pesquisa por meio de ilustrações do dia a dia: um bom início de caminhada para quem deseja ser pesquisador.

Conceitos, em Segredos e truques da pesquisa, p. 145-187, Howard Becker
Becker tem um estilo muito leve de discutir coisas complexas, e um dos assuntos mais controvertidos na práxis científica é o da construção de conceitos, e o autor trata do assunto de forma lapidar.

A cultura é algo comum, em Recursos da Esperança, p. 3-28, Raymond Williams
Não imagine o leitor que pesquisadores são essa gente que fica em torres de marfim. Pesquisadores precisam estar no lugar onde os objetos, pessoas, sistemas e ações da pesquisa estão. Então, quando adentrar na Academia, descubra o valor de perceber a cultura como algo comum, como algo que deveria ser de direito de todos.

A ideia de uma cultura comum, em Recursos da Esperança, p. 49-58, Raymond Williams
Este texto complementa o anterior. Não deixe de ler se quiser ampliar os conhecimentos sobre a cultura.

Por que me manifesto?, p. 87-96, em Recursos da Esperança, p. 87-96, Raymond Williams
Aqui Williams discute questões relacionadas ao posicionamento político do intelectual. Serve para nós iniciantes na pesquisa.

O escritor: engajamento e alinhamento, em Recursos da Esperança, p. 115-130, Raymond Williams
Este texto conversa com o anterior: para quem você pesquisa? Com quem você pesquisa? Você é engajado?

A prática da possibilidade, em Recursos da Esperança, p. 463-476, Raymond Williams
Se você decidiu ser pesquisador precisa refletir sobre para que tipo de mundo você imagina o presente e o futuro, e é o que faz Williams neste artigo seminal

Enfrentar a incerteza, em A cabeça bem-feita - repensar a reforma - reformar o pensamento, p. 55-64, Edgar Morin
Ora, ora, somos sempre aprendizes, pois o mundo é incerto, inconcluso e inacabado, e Morin sabe muito sobre isto e pode nos ajudar nesse longo processo de formação.

Inter-poli-transdisciplinaridade, em A cabeça bem-feita - repensar a reforma - reformar o pensamento, p. 105-116, Edgar Morin
Depois de ler o texto de Jacques Ardoino sobre a Multirreferencialidade, leia este ensaio de Morin. Os dois textos, de certa forma, traçam um pequeno diálogo.

Introdução, em A dúvida, p. 21-34, Vilém Flusser
Se você leu o texto de Morin sobre enfrentar as incertezas, algumas coisas ficarão menos complicadas com a leitura de Flusser. A dúvida é um pequeno tratado filosófico.

Sobre a natureza da educação, em Pedagogia Histórico-crítica - primeiras aproximações, p. 15-28, Dermeval Saviani
Como a pesquisa teve como um dos eixos a questão da educação, resolvi trazer esta sugestão de texto de Saviani, um dos mais reconhecidos estudiosos das ciências educacionais no Brasil. Nestes tempos de transversalidades é preciso saber de onde se pesquisa e por qual motivo se pesquisa.
São sugestões, caro leitor. Isto como um estímulo inicial para que os desejantes de atos de pesquisa mergulhem em uma discussão profícua com cada um desses autores e construam a própria formação como pesquisadores.

Boas leituras e até a próxima!

Assim uso cotidianamente um smartphone, para a mobilidade e consultas rápidas, e um tablet para criar rascunhos sobre as coisas que percebo no mundo. Quando desejo criar algo mais elaborado, recorro a um notebook que me ajuda bastante na formalização dos diversos tipos de documentos.


Gil na Academia

Gilberto Gil soube utilizar com maestria a régua e o compasso na construção de uma jornada artística, política e intelectual de tirar o fôlego. Ele produziu célebres canções para o…

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O pensamento faz bem Rafael Sampaio e Outros

Pensar faz bem!
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TVE – o doce lar do futebol baiano

TVE Bahia - doce lar do futebol baiano
TVE Bahia – doce lar do futebol baiano
A TVE Bahia tem mudado a forma de transmissão das partidas de futebol na Bahia, e isto é muito bom para o telespectador baiano.

O futebol baiano há muito foi esquecido pelas emissoras privadas da TV baiana. Presas a contratos de transmissões vinculados a redes de TV localizadas no Sudeste do Brasil, as emissoras de TV baianas amargam uma submissão de décadas e são obrigadas a transmitir somente o que interessa à economia e à comunicação das redes de TV. Isto é um problema que interfere sobremaneira na cultura do futebol da região Nordeste.

Por exemplo, muitos cidadãos do interior do estado da Bahia torcem para times do Sudeste do país, pois, até pouco tempo, o acesso a rádio e TV estava atrelado à hegemonia de grupos de comunicação, com forte poder econômico, que se preocupavam mais em transmitir partidas de futebol de times do Sudeste do país. Resultado: a preferência da população é por times como Vasco da Gama, Flamengo, Botafogo, Corinthians e Palmeiras: uma invasão cultural severa.

Mas a história tem mudado e, aos poucos, a população baiana tem tido acesso a partidas de futebol com times baianos, e a tendência é a formação da torcida baiana ir se modificando, ficando mais plural, com torcidas por times do exterior do estado, como também com torcidas por times nativos.

Um exemplo interessante foi a iniciativa da TVE Bahia de transmitir todos os jogos do campeonato baiano do certame de 2024. O que aconteceu? Houve finais de semana em que a TV pública foi a que teve mais audiência durante a transmissão dos jogos do campeonato local. Isto pode ajudar as emissoras comerciais começarem a refletir sobre o que é importante para o espectador local.

Sou diversa e plural. Sou do esporte e da saúde, da cultura e educação. Eu sou a TV pública da Bahia.

TVE Bahia (Instagram)

E acontecimentos assim têm contribuído para essa transição cultural. No ano de 2024, a TVE transmitiu 51 jogos da competição, com retransmissão das pelejas pela TV Brasil, um feito significativo para uma competição que estava à margem no quadro de transmissão das emissoras comerciais. 

As transmissões também ocorreram pelo Youtube, e na partida final do campeonato, a emissora alcançou 3,186 milhões de visualizações durante as 3 horas e 50 minutos de transmissão da partida, alcançando 61 mil marcações como “gostei”. Ainda no YouTube, ocorreram 26 milhões de visualizações no total e 700 mil visualizações simultâneas por jogo. Que notícia boa!

Quer mais? No mês de abril de 2024 a TVE tem 589 mil seguidores no Youtube, 275 mil no Facebook e 199 mil no Instagram. Nas mídias digitais, a emissora opera com a Hashtag #BaianãoNaTVE, o que gera uma interação bem dinâmica.

Para finalizar com chave de ouro, a TVE transmitiu o evento de premiação para reconhecimento dos profissionais do futebol baiano, no dia 8 de abril de 2024, um momento de celebração da cultura do esporte local.

O slogan da TVE é “A TVE é a casa do futebol baiano!”. E assim a emissora vai cada vez mais se consolidando como o doce lar do futebol dos baianos.

Até a próxima!

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Leia mais sobre futebol em: A simbologia do Esporte Clube Vitória

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Pensar faz bem com Oscar Jara Holliday

Pensar faz bem Oscar Jara Holliday
Pensar faz bem traz quinzenalmente para os leitores pensamentos de diversas áreas do saber, vinculados à cultura e ao cotidiano. Uma parte significativa dos textos Pensar faz bem é fruto das leituras que fazemos para construção dos artigos, crônicas e resenhas para o EPraxe. O pensamento da quinzena é de Oscar Jara Holliday
Boas reflexões!
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Cinesom – mistura balanceada de imagens e sons

Imagens e Sons
Imagens e Sons
Já imaginou ter uma experiência balanceada de imagens e sons em um mesmo local e hora? É o que promete o Cinesom do Circuito de Cinema Saladearte em Salvador, Bahia.
O Cinesom é uma iniciativa do Circuito de Cinema Saladearte, que é formado pelas salas de cinema localizadas em Salvador Cine Daten I e II, no Shopping Paseo, no bairro do Itaigara, Cinema da UFBA, ao lado da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, Cinema do Museu, que funciona no Museu Geológico, localizado no bairro da Vitória, e o Cinemam, localizado no ponto histórico Solar do Unhão, composto pela Capela de Nossa Senhora da Conceição, a própria sala de cinema. Lá há um cais privativo, uma fonte, um aqueduto, um chafariz, uma senzala e um alambique com tanques, o local é muito interessante de conhecer.
Às sextas-feiras, há o evento Cinesom, que traz para o público soteropolitano a oportunidade de assistir no mesmo dia a um documentário sobre a vida de um determinado músico, seguido de um espetáculo com músicas do referido cantor, geralmente, interpretadas por um músico local. É uma atividade muito prazerosa.
No evento já foram homenageados cantores/bandas como Cartola, Alcione, Raul Seixas, Pink Floyd, Moraes Moreira, Milton Nascimento e Zé Ramalho.
O local é aconchegante, e o espectador poderá tomar um café de final de tarde antes do início dos eventos.
Quem é de Salvador poderá aproveitar muito bem o final da tarde e o início da noite da sexta-feira, curtinho uma experiência cultural diferenciada. Se você não é de Salvador, quando nos visitar, não deixe de curtir os eventos organizados pelo pessoal do Circuito Saladearte.
Até a próxima!
Dados da obra
O que é? Cinesom: uma experiência de cinema e música
Quem organiza? Circuito de Cinema Saladearte
Onde obtenho mais informações? no site da Saladearte
Quando acontece? todas as sextas-feiras