A seção Pensar faz bem! traz reflexões vinculadas à cultura e ao cotidiano. Uma parte significativa dos textos Pensar faz bem! é fruto das leituras que fazemos para construção dos artigos, crônicas e resenhas aqui publicados. O pensamento da quinzena é de Luiz Gonzaga, uma homenagem especial aos dias de junho, em que a cultura nordestina resplandece. Boas reflexões!
A publicação EPraxe desta semana é sobre o décimo quinto Fórum da Internet no Brasil, que aconteceu na Bahia. Boa leitura!
A Bahia recebeu o décimo quinto Fórum da Internet no Brasil (FIB15) de braços abertos no período de 26 a 30 de junho de 2025.
O Fórum da Internet no Brasil é realizado anualmente desde 2011 e é organizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O evento é uma atividade preparatória para o Fórum de Governança da Internet (IGF), evento global promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O FIB tem como finalidade principal “incentivar representantes dos setores que o compõem a acompanharem, opinarem e debaterem sobre as questões mais relevantes para a consolidação e expansão de uma Internet no Brasil cada vez mais diversa, universal e inovadora, que expresse os princípios da liberdade, dos direitos humanos e da privacidade, de acordo com o decálogo de Princípios para a Governança e Uso da Internet” (FIB15, 2025).
O FIB15 serviu também para comemorar os 30 anos do CGI.BR no Brasil, um fato histórico notável na construção da cidadania e da identidade brasileiras nas relações globais na internet.
O FIB15 é uma oportunidade para diversos setores da sociedade se reunirem e discutirem os rumos da governança da internet brasileira. Assim, setores do mundo empresarial, do terceiro setor, da academia e do Estado se juntam com o intuito de produzir e difundir conhecimento sobre os novos territórios que são construídos na WEB.
Participei durante a semana FIB15 de momentos presenciais e de eventos on-lines e pude aprender mais sobre as diversas manifestações de sociabilidades possíveis na internet.
Tive o privilégio de participar do primeiro FIB em 2011. Saí, por conta própria, de Salvador para São Paulo, para vivenciar um dos melhores encontros que tive sobre construção coletiva de conhecimentos: um fato histórico!
Salvador foi um palco de compartilhamento do saber na semana do FIB na Bahia, fazendo de maio um mês diferenciado em 2025.
Se você não pôde comparecer, visite o canal do CGI.BR no YouTube e aproveite para ter acesso a informações qualificadas sobre os rumos da internet no Brasil.
A seção Pensar faz bem! traz reflexões vinculadas à cultura e ao cotidiano. Uma parte significativa dos textos Pensar faz bem! é fruto das leituras que fazemos para construção dos artigos, crônicas e resenhas aqui publicados. O pensamento da quinzena é de Rubem Braga, pensador que está ficando cada vez mais cativo na Seção. Boas reflexões!
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A publicação EPraxe desta semana é sobre a série The Deuce. Aqui a gente não conta a história: provoca o leitor para ir à fonte. Boa leitura!
Assistir a The Deuce trouxe em mim um estado de angústia diante de uma narrativa que conseguiu traduzir uma variedade de questões sociais mediante um clima de normalidade, em que a violência, a injustiça e a exploração eram exibidas no mundo dos comuns daquelas personagens que viveram a ascensão da indústria pornográfica nos anos 1970/1980 nos Estados Unidos.
Em uma estratégia de narrativa em multivozes, The Deuce e desenrola em um mosaico de variados tipos sociais, que desfilavam sob as mais diversas expressões: prostituta, aidético, cafetão, comerciante, mafioso, traficante, policial, ativista, jornalista, vigilante, cineasta, familiares das prostitutas, atrizes, produtores, em que era difícil identificar dicotomicamente quem era mocinho ou quem era bandido naquele mundo peculiar, regido pelo dinheiro, mediador de sentimentos atravessados por atos de submissão, revolta, amor, sexo, busca de libertação, tudo bem misturado, como uma vacina atenuante para que o espectador não se afastasse daquela odisseia social de beleza e de tristeza.
The Deuce mobiliza emoções sem deixar o espectador seguir por caminhos extremos, pois é necessário mergulhar nos sentimentos que as circunstâncias da vida provocam sem perder o sentido da razão, aquela dimensão que nos deixa alerta e nos limita ao mesmo tempo.
A mobilização das pulsões sexuais não é uma questão circunscrita somente à fisiologia e às ciências psicológicas, mas adentra o espectro do social, do econômico e por aí vai. E é preciso olhar diretamente para essa dimensão do humano. E The Deuce consegue explicitar as pulsões sexuais sob diversas formas.
Assisti à série devagar, capítulo por capítulo, parando para sentir e refletir. Ao final da série, uma profusão de sentimentos se instalaram e só agora, um mês depois, precisei registar essa jornada tão peculiar.
Até a próxima!
🔔 🔔🔔 Dados da obra O que é? The Deuce Quem criou? David Simon e George Pelecanos De que ano foi? 2017 Quantas temporadas? Cinco 🔔🔔🔔
Este ano tomei uma decisão inusitada de comprar um notebook pequeno, um netbook, sem recursos técnicos sofisticados, para usar no dia a dia, pois do jeito que as coisas estão é muito complicado ir para a rua com o computador que a gente usa para armazenar dados que consideramos valiosos.
Com um dinheiro extra que surgiu, comprei um notebook de 11 polegadas, sem sistema operacional, com a arquitetura Intel Celeron, de uma empresa localizada aqui no estado da Bahia. O notebook é o da imagem desta postagem. O aparelho tem 64 GB de armazenamento, com memória RAM de 4 GB, o que faz com que eu o utilize para situações bem específicas, que não exijam a realização de atividades que necessitam de hardwares robustos. Faz anos que, quando compro um computador, após ter passado o prazo da garantia, instalo na máquina uma estrutural dual boot, para usar dois sistemas operacionais em um mesmo computador. Já fiz dupla instalação usando Windows e Linux, depois instalei macOS e Linux na mesma máquina; neste último caso, um colega da área de computação, consumidor de produtos da Apple, ficou curioso, não pela ousadia de tentar hackear a máquina, mas de fazer mudanças técnicas em um produto tão caro, Mas a experiência valeu muito em aprendizagem e, uns dois anos depois, retirei o Windows do MAC e instalei uma dupla inicialização de macOS e Linux. Explorei o hardware da Apple no máximo em que foi possível experimentar. Quanto ao notebook recém-adquirido, instalei a versão de abril/2024 do Ubuntu. O computador funcionou relativamente bem, mas apresentou algumas inconsistências na hora de configurar o áudio, motivo pelo qual tive de buscar ajuda nas comunidades Linux; também houve problema na configuração da saída HDMI, pois eu não estava conseguindo reproduzir o conteúdo da tela do notebook em um projetor ou tela de televisão de forma satisfatória. Depois de passar por uns percalços, as configurações foram se ajustando, e hoje uso o netbook nas atividades do cotidiano. No que diz respeito aos softwares, uso os browsers Bravo, Firefox, Chrome e Opera. Também utilizo de forma indistinta as aplicações de escritório LibreOffice e OnlyOffice. Para ouvir música, uso o VLC e o Rhythmbox. Utilizo o Signal para comunicação acadêmica e já sincronizei o aplicativo nativo de Calendário Linux com os dados da minha conta no Gmail. Pela internet, utilizo as aplicações da Microsoft, da Apple e da Alphabet, e elas funcionam sem apresentar grandes problemas. Instalei o Dropbox no computador e também o acesso pelas nuvens via browser. Como o netbook é pequeno, posso levá-lo com mais tranquilidade para rua, pois o computador cabe em uma mochila pequena. A bateria do aparelho está durando em média cinco horas, o que facilita muito a mobilidade. Um detalhe: comprei o netbook por menos de R$ 1.100,00 reais. Adquiri pela internet e recebi o aparelho bem antes do prazo estabelecido para entrega. A compra do netbook foi um exercício de prática de consumo, pois, como qualquer cidadão que vive no século XXI, sou tentado cotidianamente a comprar objetos tecnológicos bem caros e em curto espaço de tempo percebo que os referidos aparelhos já estão obsoletos. Também foi um exercício de cidadania optar por tecnologias alternativas em um contexto no qual predomina o incentivo ao consumismo via midiatização da cultura e da sociedade, resultando em uma certa idolatria a tudo que é tecnológico e atualizado, que seja vendido por grandes empresas estadunidenses. Optar por usar tecnologias em uma perspectiva alternativa ao que as big techs oferecem não é fácil, mas é um desafio que deve ser enfrentado. Até a próxima!